27 de out. de 2021

Síndrome do Impostor: Descubra se você tem e como evitar

Se você nunca ouviu falar em síndrome do impostor saiba que não está sozinho! Apesar de ainda ser desconhecida pela maioria das pessoas, a síndrome do impostor tem recebido a devida importância, pois está mais próxima do que imaginamos!

Tem dúvida do que se trata? Então veja se você se identifica com essas situações: em algum momento da sua vida, você achou que o aumento que recebeu no trabalho não foi merecido?

Ou você sempre acredita que não é capaz de exercer alguma atividade, pois existem pessoas muito melhores e capacitadas? Ou, ainda, você não se acha bom o bastante para nada?

Pensamentos assim colocam em cheque a sua verdadeira capacidade e você não percebe essa situação como realmente deveria!

Sabemos que só o nome já assusta, mas precisamos falar um pouco mais sobre o tema para que você desmistifique, saiba identificá-lo corretamente e afaste toda e qualquer possibilidade de manifestação da síndrome do impostor!

Mas, o que realmente é a Síndrome do Impostor?

Criada ainda na década de 1970, a expressão 'síndrome do impostor' é a tendência que diversos indivíduos têm para a autossabotagem. Ou seja, é quando a pessoa possui uma desordem de autopercepção e cria uma falsa realidade de insuficiência ou incompetência.

Apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) não classificar a síndrome do impostor como um transtorno psicológico, diversos estudos apontam que mais de 70% da população, em algum momento da vida, já teve pensamentos negativos sobre suas condutas no trabalho.

E isso é bem sério! Se sentir incapaz de realizar determinada função no trabalho, mesmo possuindo todas as habilidades para se sobressair, cria um bloqueio que não permite o reconhecimento real de que o sucesso na profissão é gerado por muito esforço, empenho e capacidade.

O quadro de quem tem a síndrome do impostor pode evoluir rapidamente a ponto de desencadear depressão, ansiedade e baixa autoestima.

Será que posso estar sabotando minha própria carreira?

Antes de tudo, é importante ressaltar que qualquer pessoa, independente de idade, profissão ou classe social, pode desencadear a síndrome do impostor, pois ninguém está livre de julgamentos sobre o desempenho no trabalho ou em algum outro tipo de tarefa que demande empenho e dedicação.

Outro ponto muito relevante é prestar atenção nos próprios sentimentos. A síndrome do impostor gera um conflito de sensações como complexo de inferioridade, perfeccionismo, baixa autoestima, insegurança e medo de arriscar.

Esse conjunto de sintomas levam a pessoa com a síndrome a apresentar alguns comportamentos de defesa e que precisam ser monitorados. Confira abaixo:

Autossabotagem: pensamentos recorrentes de que a vida profissional é um fracasso são como mecanismos para evitar determinadas situações nas quais não se sentem seguras, assim é frequente a perda de boas chances profissionais;
Autodepreciação: observe se ao seu redor alguém costuma falar muito mal dela mesma ou não tolerar os próprios erros com frequência. Esse é mais um sinal claro da síndrome, já que é usual nesse quadro é que as qualidades sejam depreciadas e até ignoradas;
Esforço Redobrado: quem sofre com a síndrome do impostor acha que apenas justificará seu salário ou conquistas se esforçando em dobro, quando comparado com os colegas de serviço. E isso gera esgotamento físico, emocional e ansiedade;
Procrastinação: adiar tarefas e levar muito mais tempo para realizar as obrigações são outras características marcantes da síndrome, pois a pessoa tenta evitar ao máximo o momento da avaliação e entrega de resultados;
Comparações: na síndrome do impostor, a pessoa sempre acha que é inferior a todos e não acredita de jeito nenhum que tem talento e é capaz de realizar o que quiser. Ao contrário, ela é exigente e perfeccionista com o trabalho - além de gerar muito estresse, essa cobrança também resulta em insatisfação pessoal e profissional e angústia;
Agradar a todos: sabe aquele colega que é inseguro, aceita passar por situações humilhantes, mas sempre tenta passar a boa impressão de ser simpático e agradar a todos? Infelizmente, essa é outra característica clássica da síndrome do impostor!

Como evitar a Síndrome do Impostor?

Assim que identificada a síndrome do impostor, o próximo passo é procurar ajuda especializada, como a de um psicólogo. Somente assim será possível tratar o quadro de uma maneira integral e profunda.

Isso significa identificar os fatores que contribuíram para o desencadeamento da síndrome, até o tratamento para reverter o desequilíbrio mental.

Além da ajuda profissional, algumas outras atitudes podem ser adotadas no dia a dia para amenizar os sintomas, como pedir conselhos e opiniões para algum amigo de confiança e sincero, evitar comparações com outras pessoas, entender os próprios erros.

E ainda: valorizar os acertos, qualidades e elogios, estipular apenas metas alcançáveis e possíveis de serem cumpridas, e gostar do trabalho que exerce!

Viu como é possível prevenir, identificar e superar a síndrome do impostor? Tenha sempre uma rotina e vida ativa, com atividades que permitam o autoconhecimento, autoestima e longe de pensamentos negativos!

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